Caixa continua 100% pública – mas a mobilização deve continuar

Em coletiva à imprensa a presidente da CAIXA Miriam Belchior e o Ministro da Fazenda Joaquim Levy afirmam que a empresa se manterá 100% pública. A presidente da CAIXA afirmou que o governo optou em manter o banco público “pela natureza dos serviços prestados”. Como já anunciado anteriormente a empresa Caixa Seguros terá ações oferecidas no mercado, “se possível ainda este ano”. Afirma o ministro.
O recuo do governo deveu-se a mobilização feita pelas entidades de empregados da CAIXA, entre elas a FENAG, as centrais sindicais, o apoio parlamentar recebido e a sensibilidade da sociedade que percebeu uma ameaça a todos os programas sociais, a ação no mercado comercial diferenciado, à parceria com as prefeituras entre outros serviços que estariam sujeitos a interesses privados.

Mas essa noticia não deve desmobilizar as entidades, visto que a comercialização das ações pertencentes a CAIXA, da Seguradora representará mais pressão por vendas desses produtos no balcão das agências.

Outra questão que não é aceita pelo movimento gerencial, entre eles diversos gestores de todos os níveis, é a divisão da empresa em vários serviços, habitação, governo, grandes clientes, varejo, plataforma empresarial. Tal medida leva a uma insatisfação e uma desconfiança do porque de tomá-la. “A reestruturação foi iniciou-se pelo Rio Grande do Sul e Goiás, mas não temos informações de como está sendo feita e nem sabemos como será implantada nas outras regiões” afirma um dos gestores consultados pela FENAG.

Entendemos que a reestruturação e a proposta de abertura de capital da empresa, aliada a outras medidas, como a terceirização dos serviços hoje realizados pelos correspondentes bancários, geram um risco porque a empresa dividida será mais fácil de serem comercializadas as fatias que interessam ao mercado, ficando o Governo com aquelas que não são lucrativas. Quem perde com isso é a sociedade, as prefeituras o mercado comercial entre tantos outros.

A FENAG entende que as entidades devem estar atentas às mudanças propostas, e continuarem mobilizadas defendendo a CAIXA 100% publica.

Fonte aqui

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